26 de março de 2013

Mulher denuncia agressão de policial militar 

Ctonline.com.br

A balconista Juliana Montiel de Almeida, 25 anos, foi presa na madrugada de ontem, segunda-feira (25), no Bairro Liberdade, após se envolver em uma confusão com a soldado Mayara Lopes, da Polícia Militar. A guarnição da qual a PM fazia parte alega que foi atacada por Juliana, mas a presa garantiu que foi agredida pela policial. As duas apareceram feridas na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, Mayara apresentando arranhões e Juliana com um grande hematoma no olho.

Segundo o boletim de ocorrência registrado pelos policiais, era início da madrugada e Mayara, junto com outros dois policiais, fazia patrulhamento em frente a um pagode, próximo do Balneário Vavazão. Ainda de acordo com as informações repassadas na delegacia, Juliana teria passado pelos policiais e os empurrado.

Nesse momento a soldado Mayara teria informado Juliana de que ela não poderia passar empurrando os policiais e Juliana, conforme relatado pelos militares, enfurecida e visivelmente embriagada empurrou a soldado. Os policias afirmaram que, devido a isso, tentaram algemar a acusada. 

Ainda segundo o que a guarnição relatou, Juliana resistiu à ação da polícia e foi necessária a utilização de força para algemá-la. Durante essa situação, ela teria partido para cima de Mayara arranhando a policial e puxando seus cabelos. Em seguida teria se jogado no chão, dificultando o processo de ser algemada. De acordo com os policiais, foi neste momento que ela se machucou. 

AGRESSÃO
Juliana, no entanto, declarou na manhã de ontem, quando ainda estava na delegacia, que a responsável pelas agressões foi a policial militar e que tudo teria começado porque a acusada pisou no pé de Mayara. “Sem malícia eu pisei no coturno dela e não deu tempo de pedir desculpas. Ela já veio com agressões físicas e verbais. Aqui estão as marcas do que ela fez”, afirmou, mostrando o olho roxo.

Ela afirmou, ainda, que, enquanto ocorria a suposta agressão, os outros dois policiais não fizeram nada para impedir e agiram apenas no momento de colocá-la na viatura. Depois disso, segundo ela, foi levada para o Destacamento da Polícia Militar no Bairro Liberdade, onde ocorreram novas agressões.  “Me levaram e lá ela continuou a  agressão, tanto física como verbal. Eles não deixaram ninguém que estava comigo ir junto. Aqui na delegacia que fui conseguir ligar para o meu pai”, declarou.

Juliana afirmou, ainda, que além, das agressões físicas foi xingada das mais variadas palavras de baixo calão. “Ela deu socos em mim, puxões de cabelo e me xingou demais com palavras muito pesadas. Eu estava apenas passando entre eles, quando pisei e ela já partiu para cima de mim”. 

Ela acrescentou que várias pessoas presenciaram o fato e que possui testemunhas de como a história aconteceu, embora ninguém sido apresentado na delegacia. “Eu vou agora para a Justiça. Nunca a vi na vida, nem conhecia”, declarou. Juliana assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência por desacato, resistência à prisão e lesão corporal. Tanto ela quanto a policial foram encaminhadas ao exame de lesão corporal.(Luciana Marschall)

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